A Gastrectomia Vertical ou Sleeve Gastrico foi uma cirurgia proposta inicialmente como uma técnica a ser realizada como primeira etapa da cirurgia de Duodenal Switch que seria indicada em 2 tempos para pacientes super obesos e que apresentavam um índice elevado de complicações intra e pós operatórias.
Na Gastrectomia Vertical, o estômago do paciente obeso é grampeado em forma de tubo que vai do esôfago ate o duodeno. Assim se reduz o estômago em até 80% do seu tamanho .O novo estômago fica com 150 a 250 ml e com a forma parecida com a de um tubo gástrico.
Nessa redução, se retira parte do fundo gástrico, região que produz o hormônio grelina, responsável pela sensação de fome. Assim após a cirurgia o apetite também diminui. Na técnica do Bypass Gastrico ou Gastroplastia a Fobi-Capella em Y de Roux, o estômago é reduzido em cerca de 95% e fica com capacidade aproximada de 30 ml apenas. A Gastrectomia Vertical ou Sleeve Gastrico vem sendo indicada cada vez com maior freqüência para o tratamento da obesidade grau III e mórbida, principalmente em pacientes que possuam problemas intestinais ou quadro de anemia importante.
A Gastrectomia Vertical ou Sleeve Gastrico é um procedimento realizado por Videolaparoscopia (câmera), é irreversível e apresenta um índice de complicações reduzidas quando realizada por uma equipe experiente e em um hospital com recursos adequados.
A permanência hospitalar é de 48 horas e a cirurgia realizada por Video faz com que a dor seja mínima e o paciente esteja apto a qualquer atividade após 1 semana.
Por ser um método novo, a Gastrectomia Vertical ou Sleeve ainda está em avaliação pela comunidade científica e alguns estudos ainda estão em andamento para se determinar se este procedimento de forma isolada será suficiente para a manutenção da perda de peso em pacientes obesos ou se estes pacientes necessitarão de uma nova cirurgia no futuro.
Para saber se você pode ser submetido a esta cirurgia e tirar mais dúvidas, entre em contato conosco.
Também chamada de cirurgia minimamente invasiva ou cirurgia por pequenos orifícios, é uma moderna técnica cirúrgica onde as cirurgias abdominais são realizadas através de pequenas incisões (geralmente com 1,5 cm) em contraste com as grandes incisões necessárias na cirurgia tradicional.
Na cirurgia videolaparoscópica são captadas imagens do campo cirúrgico por meio de um conjunto ótico e eletrônico específico. Os elementos do campo cirúrgico são magnificados e apresentados ao cirurgião num monitor de vídeo.
As vantagens para o paciente dessa modalidade cirúrgica são inúmeras, tais como: menos dor devido às incisões menores, menor sangramento durante o procedimento e menor tempo de recuperação.
1- O que é o Bypass gástrico?
O Bypass gástrico é a cirurgia de redução de estômago mais frequentemente realizada, sendo conhecida também como Gastroplastia em Y de Roux ou cirurgia de Fobi-Capella.
2- Como é realizada esta cirurgia?
Nessa cirurgia, o estômago é reduzido a um tamanho aproximado de 30 -40 ml, por meio da utilização de instrumentos chamados grampeadores cirúrgicos. Em seguida, o estômago reduzido é ligado diretamente ao intestino delgado (jejuno). O alimento ingerido irá assim percorrer 100cm de jejuno (alça alimentar – Figura 1) para então receber as secreções digestivas vindas do restante do estômago, figado e pâncreas (alça bilio-pancreática Figura 1),, na ligação entre a alça alimentar e a alça bilio-pancreática, chamada entero-anastomose. A partir daí, há mais 3 ou 4 metros de intestino pela frente, aonde ocorrerá a absorção de alimentos (alça comum). Não é retirado nenhum pedaço de intestino. Pode ser realizada por video-laparoscopia (pequenos cortes, com auxilio de vídeo) ou por laparotomia (corte grande). Deixamos rotineiramente um dreno (tubo de silicone) com o qual o paciente vai para casa e é retirado após 7 dias.
3- Quais são as vantagens e desvantagens desta cirurgia?
As maiores vantagens dessa cirurgia estão na boa perda de peso (35 a 40% em média) e na boa manutenção do peso ao longo dos anos, na grande melhora na saciedade ( o paciente sente menos fome) e no bom controle do diabetes, nos pacientes acometidos desta afecção. As desvantagens estão no fato de ser este um procedimento irreversível, na necessidade do uso de suplementos vitamínicos para o resto da vida e na possibilidade de reganho de peso a longo prazo, em particular nos pacientes comedores de doce ou carbohidratos em excesso, beliscadores e naqueles muito sedentários.
4- Como é o pós-operatório?
No pós-operatório imediato a maioria dos pacientes é encaminhada a sala de recuperação pós-anestésica e posteriormente ao apartamento hospitalar ou enfermaria. Alguns pacientes necessitam permanecer na UTI no primeiro dia de pós-operatório. Recomendamos que os pacientes comecem a caminhar tão logo estejam bem acordados pois essa medida ajuda a previnir a trombose venosa nas pernas e outras complicações. No pós-operatório imediato o paciente permanece em jejum. No dia seguinte pela manhã receberá para beber uma solução com um liquido azul (“azul-de-metileno”) que tem por objetivo testar o grampeamento e a costura do estômago. Sendo o teste negativo (sem ocorrer vazamento do liquido azul pelo dreno e com eliminação do mesmo pela urina) liberamos água, chá e caldos para o paciente beber conforme orientação passada previamente por nossa nutricionista. Na maioria dos casos o paciente recebe alta hospitalar após 48 horas da cirurgia, com as orientações de dieta passadas pela nutricionista. Retorna ao consultório para retirada dos pontos e do dreno entre o 6º e 8º dia de pós-operatório.
5- Quais as possíveis complicações nesse tipo de cirurgia?
Complicações clínicas (cardíacas, pulmonares, renais) pode ocorrer após qualquer tipo de cirurgia, sendo mais freqüentes após cirurgias de alta complexidade e em pacientes portadores de doenças de base predisponentes. O Bypass é uma cirurgia de alta complexidade e os pacientes são submetidos a avaliação clínica rigorosa no pré-operatório para diagnosticar e controlar condições pré-existentes.
As complicações cirúrgicas imediatas mais graves são o sangramento e a infecção. A infecção pós-operatória decorre geralmente de uma “fistula” ou vazamento do conteúdo gástrico ou intestinal por entre os grampos ou pelo local de costura do estômago ou do intestino. Pode levar a infecção grave e deve ser tratada precocemente, assim que se fizer o diagnóstico. A incidência desse tipo de complicação atualmente é baixa (aproximadamente 1%), dada a experiência adquirida com o método. Embora pouco freqüente, essa complicação pode levar ao óbito caso o diagnóstico seja feito tardiamente e/ou o paciente não responda às medidas terapêuticas adotadas.
As complicações tardias estão mais relacionadas a aspectos nutricionais. O desvio intestinal dificulta a absorção de alguns micronutrientes (ferro, cálcio, zinco, etc…)e algumas vitaminas (B12, B1, D). Por esta razão, pacientes submetidos a este método devem fazer uso regular de suplementos vitamínicos e minerais, além de realizar exames laboratoriais com certa freqüência, para dosagem desses elementos. Outra possível complicação tardia, que pode ocorrer em qualquer tipo de cirurgia em que se manipula o intestino, é a formação de aderências que eventualmente (incidência rara) podem predispor a ocorrência de obstrução intestinal e que requer tratamento cirúrgico.
O endoscópio é um tubo flexível, com diâmetro externo que varia entre 0,6 e 1,2 cm, que possuí em sua ponta um pequeno chip eletrônico (CCD, charge-coupled device), semelhante aos encontrados em câmeras digitais, que capta imagens, as converte em sinais elétricos digitais, que são conduzidos até uma unidade de processamento, que os converte dessa vez em imagens de alta resolução, que são apresentadas ao médico examinador num monitor de vídeo.
Outro avanço tecnológico que permitiu a criação dos endoscópios modernos foi o desenvolvimento das fibras óticas, que são filamentos, finos e transparentes, feitos de sílica (vidro) ou plástico, que funcionam como guias para a luz, permitindo transmitir a luz de uma ponta à outra, mesmo que existam grandes angulações ao longo de todo o comprimento da fibra.
https://www.youtube.com/watch?v=7kWD5bdCPfw
Com o auxílio das fibras óticas, o endoscópio adquiriu a capacidade de iluminar o interior das estruturas e cavidades que são examinadas.
A endoscopia digestiva, deixou de fazer apenas diagnósticos, e evoluiu em direção ao tratamento de inúmeras condições, tais como: retirada de pólipos intestinais (polipectomia), controle de sangramentos, dilatação de estreitamentos, retirada de corpos estranhos etc.
Como especialidade médica reconhecida, a endoscopia está presente no ramo cirúrgico da Medicina (a cirurgia videlaparoscópica é uma modalidade de endoscopia, onde o aparelho é inserido por pequenas incisões cirúrgicas) e, também, no ramo clínico (endoscopia digestiva alta e baixa, onde o aparelho é inserido pela boca e ânus, respectivamente).
Tradicionalmente, o Gastroenterologista recebe treinamento formal em endoscopia digestiva e o Cirurgião do Aparelho Digestivo recebe treinamento em cirurgia videolaparoscópica.